"O sonho do automóvel acabou"

sábado, 30 de junho de 2012


Hora pico em São Paulo. O visual rendeu uma foto linda mas a sensação de asfixia e impotência é maior.

O site SPressoSP da cidade brasileira de São Paulo publicou uma entrevista reveladora a Horácio Augusto Figueira sobre o caos do trânsito nessa metrópole, onde o paulistano paga a tarifa média de transporte público mais cara do Brasil. Porém, mesmo pagando uma passagem tão cara, convive diariamente com congestionamentos, ônibus lotados e falhas recorrentes no sistema de transportes sobre trilhos. Figueira é engenheiro de tráfego e vice-presidente da Associação Brasileira de Pedestres, e este  é um resumo de suas revelações e propostas para melhorar a vida do cidadão. Ele fala em São Paulo mas o que disse poderia ser referente a qualquer capital de América Latina (e outras regiões do mundo) onde as ruas  não comportam mais carros nem se suporta mais tanta piora na qualidade de vida das pessoas. 

Como o senhor avalia o custo-benefício do transporte público em São Paulo?
Em termos de custo-benefício, fora do horário de pico, dá para você usar como serviço comum. Nos horários de pico, por não ter velocidade compatível nos corredores, os ônibus andam em baixa velocidade e lotados. Não é um serviço de boa qualidade. Para reverter essa situação, teria que ser dada prioridade total para os ônibus no sistema viário e, para isso, você tem que incomodar o usuário de carro, não tem outro jeito. Não tem como conciliar privilégios ao transporte coletivo sobre rodas sem tirar uma faixa dos automóveis. Os R$ 3,00 que você paga hoje em São Paulo é uma tarifa cara para um serviço de baixa velocidade comercial.

Por que este custo-benefício ainda é tão caro?
- Pelo congestionamento imposto pelos automóveis, o poder público não tem a coragem de falar que uma faixa de ônibus transporta dez vezes mais pessoas que a mesma faixa ao lado de automóveis. A sociedade e a mídia cobram que existem muitos congestionamentos, acho que ainda tem pouco. Eu acabaria com o rodízio em São Paulo, para a cidade sentir o que é a verdade do automóvel.

Todo mundo quer andar de carro, mas não existe espaço físico que comporte mais automóveis na cidade de São Paulo. Não tem mais obra viária que vá resolver a questão da mobilidade por transporte individual. Não tem alargamento de marginal, ponte ou túnel que dê conta.

Não sou contra o automóvel. Tenho automóvel, mas me recuso a ir para o centro da cidade com transporte individual. Não cabe, é um problema físico. Você consegue colocar cem pessoas em 1 metro quadrado? Não consegue, e o que estão querendo fazer com o automóvel é isso. E não podemos desapropriar a cidade inteira para entupir com automóveis.

Você vê o que aconteceu na Marginal Tietê, a prefeitura e governo estadual investiram quase 2 bilhões de reais para alargar a Marginal e os congestionamentos voltaram. Aí eles restringiram os caminhões, e os congestionamentos voltaram. E agora, quem eles vão tirar? Os pedestres? Vão acabar com as calçadas? Não tem o que fazer, a demanda é tão grande que qualquer avenida inaugurada hoje, em um mês já vai estar entupida.

Quais medidas poderiam ser implementadas para melhorar a qualidade do transporte público?
É preciso pegar o espaço viário, todo o que for necessário, para implantação de uma malha de corredores viários. Parece que a prefeitura anunciou a criação, até o fim do ano, de 140 km de faixas exclusivas, o que não é a oitava maravilha do mundo, por operar na direita e ter muita interferência, mas é melhor que nada. Até esperar que se construa um corredor adequado, operando na esquerda, é benéfico operar a faixa exclusiva na direita, que basta pintar, sinalizar e fiscalizar. Esta seria a primeira medida, deixar o ônibus andar.

Por que as pessoas fogem do ônibus, metrô e trens lotados, indo pro carro? Antes de tudo, pela velocidade. Os ônibus não conseguem andar no horário de pico. Entre um carro que não anda e um ônibus superlotado que não anda, as pessoas com renda maior optam pelo carro, claro.

Precisamos pegar duas faixas no horário de pico do corredor Nove de Julho, do Ibirapuera e do corredor Consolação-Rebouças para operação do transporte coletivo, doa a quem doer, porque vou conseguir transportar em duas faixas 20 mil pessoas por hora, quando eu precisaria de 20 faixas de automóvel para transportar a mesma demanda. Uma faixa de ônibus leva dez vezes mais clientes por hora que uma faixa de automóvel. Basta a decisão política para que isso seja feito.

Recentemente o candidato à prefeitura de São Paulo, José Serra, afirmou que investir em ônibus em São Paulo iria engarrafar ainda mais a cidade. O que o senhor acha desta afirmação?
Ele quis dizer que iria engarrafar o trânsito de automóveis. Mas na verdade, é o contrário. São os automóveis que engarrafam o trânsito do transporte coletivo e não deixam os ônibus andarem. É um viés. Precisamos voltar aos bancos escolares para ter uma aula sobre o que é engenharia de transporte de pessoas. O ex-governador Serra que me perdoe, mas quando eles falaram que iriam alargar a Marginal Tietê eu avisei, em uma entrevista, que iam jogar nosso dinheiro no lixo. 

Nas 10 faixas da Marginal Tietê passam em média 15 mil automóveis por hora. Se multiplicarmos esse número pela ocupação média de 1,4 passageiro em cada automóvel, dá 21 mil pessoas por hora. Qualquer engenheiro da prefeitura sabe que uma faixa exclusiva para ônibus biarticulados consegue transportar, com um padrão razoável de conforto, todas as pessoas que estão entupindo as 10 faixas da marginal.

É só verificar o problema e aumentar mais uma faixa para o transporte público pelo tempo necessário. E os automóveis? Não estou mais preocupado com os automóveis. Se continuarmos preocupados com automóveis não tem mais o que fazer. Posso investir um trilhão de dólares em obras viárias em São Paulo que nunca mais vou conseguir resolver o problema da mobilidade.


Resumindo tudo o que estou falando: o sonho do automóvel acabou na cidade de São Paulo. Ele foi bom há 40 anos, quando era 1 em mil. Hoje, tem famílias que têm 8 veículos para fugir do rodízio, da veda. É o rodízio da hipocrisia, você que é pobre não vai andar, mas eu que sou rico pego meu outro carro.

O metrô e o trem vão resolver o problema? Vão resolver os grande eixos de demanda, mas não da mobilidade de uma cidade que tem mais de mil linhas de ônibus. Você nunca vai ter uma malha de metrô de 2 mil quilômetros nem daqui a 1.000 anos. O sistema de ônibus é aquele que sobe o morro, que atende as ruas de bairros, e muitos dos seus eixos têm que ser estruturadores do sistema de  transportes. Tem eixos que não precisam de metrô.  

Um corredor bem feito e bem operado resolve o atendimento da demanda, basta que você tenha linhas tronco. Por exemplo, a Rebouças, onde operam mais de 30 linhas de ônibus, teríamos que transformar em quatro ou cinco linhas troncos com ônibus biarticulados, como se fosse um metrôzinho sobre pneus. Outra medida é implantar um sistema de semáforo onde o ônibus converse com o semáforo por radiofrequência para diminuir o vermelho. Londres implantou isso em 1977 e diminui 30% no tempo de percurso, e Curitiba está com isso faz três meses em todos os seus corredores.

|Via SPressoSP
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Locos y creativos, fuera de serie

terça-feira, 26 de junho de 2012



Esa chispa distinta, ese pensamiento único y brillante, ese talento que va más allá de lo innato, ese toque maravilloso que transforma a una pieza común en una obra de arte, eso es la creatividad. Ese don maravilloso que muchas veces suele ir de mano con la locura, un casamiento tan antiguo como misterioso al que hoy los científicos comienzan a encontrarle una explicación.

En el marco de un estudio científico realizado en el Instituto Karolinska, en Suecia y aprovechando los beneficios de la más avanzada tecnología, se recogieron imágenes del cerebro que revelan asombrosas similitudes en los procesos neuronales de las personas altamente creativas y en aquellas que padecen de esquizofrenia. Ambos grupos demostraron una carencia de importantes receptores que se emplean para filtrar y canalizar el pensamiento.

Mediante el estudio del comportamiento de la mente, comenzamos a saber cada vez con más contundencia, que la creatividad es muy similar a la locura. Según los expertos, creativos y esquizofrénicos comparten la falta de filtros para regular la información que llega al cerebro y puede ser que este procesamiento desinhibido sea lo que le permite a la gente creativa "pensar fuera de lo común", aunque en otras personas puede conducir a enfermedades mentales. Así, el viejo tema tratado por la filosofía, que luego lo profundizó la psicología y hoy lo estudian en profundidad la ciencia y la medicina, comienza a develarse.


"La creatividad se piensa en términos cognitivos y esta vinculada con las facultades mentales de la persona y la capacidad de abstracción para resolver un problema. Nosotros relacionamos la locura con la esquizofrenia, como un proceso de disociación en la abstracción, propio de las personalidades retraídas o esquizoides, que les sirve para resolver temas intrincados. Es la patología típica que se muestra en el trastorno de la bipolaridad", afirma el doctor Marcelo Cetkovich, jefe de Psiquiatría del Instituto de Neurociencias de la Fundación Favaloro y del departamento de Psiquiatría del Instituto de Neurología Cognitiva (Ineco), de Buenos Aires, Argentina.

Mentes brillantes
El experto indica que la fuga de ideas que se expresa en cuadros eufóricos de un paciente, por ejemplo a través de un discurso en el que salta de una cosa a la otra sin relación, indica un aumento de los tiempos psíquicos normales para conectar asociaciones diversas de pensamiento. Y son esos síntomas los que le permiten a las mentes brillantes el hallazgo de soluciones a grandes problemas o miradas distintas para la creación de una obra de arte.


"También se evidencia en los trastornos por déficit de atención, donde se conectan líneas de pensamiento divergentes para encontrar soluciones donde nadie las podía ver. Einstein era un ejemplo. Tenía serios problemas para concentrarse en el estudio de las matemáticas en el colegio y luego esa abstracción o hiperfocalización fue lo que le permitió pensar la Teoría de la Relatividad al conectar cosas inconectables en el pensamiento", explicó Cetkovich, que citó a Emanuel Kant, como otro obsesivo grave con trastornos de atención.



El profesor Fredrik Ullen, que llevó adelante la investigación en Suecia, cree que pueden explicar por qué existe esta relación entre la creatividad y la locura. Ullen estudió los genes receptores de dopamina en el cerebro (D2), que según los expertos, controla el pensamiento divergente.

Uno de sus hallazgos fue que la densidad de receptores D2 en el tálamo de las personas creativas, que obtenía buenos resultados en las pruebas sobre pensamiento divergente, era menor que lo esperado. Lo mismo ocurre con la gente que padece esquizofrenia.

"El tálamo sirve como centro de control, ya que filtra la información antes de que llegue a las áreas de la corteza, la que es responsable, entre otras cosas, del conocimiento y el razonamiento. Menos receptores D2 en el tálamo probablemente ocasionan un menor grado de filtrado de las señales y por lo tanto un mayor flujo de información", dijo Ullen.

El investigador cree que esta abundancia de información no censurada es  la chispa que enciende la creatividad.  Esto explicaría por qué la gente muy creativa es capaz de ver las conexiones más insospechadas a la hora de intentar resolver problemas.

"La teoría del filtrado talámico se viene estudiando en los últimos años y esboza datos contundentes. Se comprobó que ciertamente se produce una hiperestimulación en la corteza cerebral. De esta manera, la retracción por ejemplo de un autista es el exceso de información en su cerebro", aseguró Cetkovich, que recordó que Simon Baron-Cohen, psicopatólogo de la Universidad de Cambridge, tenía un paciente que podía recordar grandes escenarios con una sola mirada y que lo deslumbró cuando dibujó con asombrosa precisión varios barrios de Londres después de un breve paseo en helicóptero.

También se sabe que la creatividad está asociada con un mayor riesgo de depresión, esquizofrenia y desorden bipolar. Un ejemplo es el pintor español Salvador Dalí, que se expresaba en un comportamiento extravagante ante los medios de comunicación. Otro ejemplo es el pintor holandés Vincent van Gogh, que terminó cortándose una oreja y luego dibujó un autorretrato con la venda puesta. El matemático estadounidense John Nash, interpretado por Rusell Crowe en la película "Una mente brillante", también da cuenta de la obsesión, el trastorno y la esquizofrenia humana.

|Vía La Nación
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Parar de crecer o reventar

domingo, 24 de junho de 2012



* Por Leonardo Boff


La Rio+20, Conferencia de la ONU sobre Desarrollo Sustentable, terminó con un documento, titulado El Futuro Que Queremos, calificado por diplomáticos, jefes de Estado y ONGs como “poco ambicioso”. Parádojicamente los 705 “compromisos voluntarios” presentados a la  ONU por algunos gobiernos, empresas y ONGs acabaron siendo "el mejor resultado", según el propio secretario general de la Rio+20, Sha Zukang.  El pensador Leonardo Boff había anunciado que el mayor compromiso no estaba entre los representantes oficiales que ni siquiera llegaron a sostener la mínima consigna del encuentro, una idea que, a esta altura de los acontecimientos planetarios, ya  no tiene mayor valor, porque la situación es tan dramática que lo que debe tratarse de evitar es, casualmente, mayor desarrollo. Al respecto resulta interesante rescatar este texto del propio Boff:
  
Hoy está ampliamente aceptada -y ya entró en los manuales de ecología más recientes- la idea de la Tierra viva. Fue propuesta por primera vez por el geoquímico ruso W.Vernadsky en la década de 1920 y retomada en los años de 1970 con más profundidad por J. Lovelock, y entre nosotros por J. Lutzenberger, llamándola Gaia. Con esto se quiere significar que la Tierra es un gigantesco superorganismo que se autorregula y hace que todos los seres se interconecten y cooperen entre sí.

Nada es dejado de lado, pues todo es expresión de la vida de Gaia, inclusive las sociedades humanas, sus proyectos culturales y sus formas de  producción y consumo. Al generar al ser humano, consciente y libre, la misma Gaia se puso en peligro. El ser humano está llamado a vivir en armonía con ella, pero también puede romper el lazo de pertenencia. Ella es tolerante, pero cuando la ruptura se vuelve dañina para el todo el conjunto, nos da amargas lecciones. Podemos sentirlas ya ahora.

Todo el mundo se está lamentando del bajo crecimiento mundial, especialmente en los países centrales. Las razones aducidas son múltiples, pero para una visión de la ecología radical, tal hecho resulta de una reacción de la propia Tierra ante la excesiva explotación por el sistema productivista y consumista de los países industrializados. La agresión al sistema-Tierra se ha llevado muy lejos hasta el punto de que, como aseguran algunos científicos, hemos inaugurado una nueva era ecológica: el antropoceno, en la que el ser humano, como fuerza geológica destructiva, está acelerando la sexta extinción en masa, que está en curso desde hace milenos. Gaia se está defendiendo, debilitando las condiciones de ese mito arraigado en todas las sociedades actuales, incluida la de Brasil: el crecimiento, el mayor posible, con consumo ilimitado.

Ya en 1972, el Club de Roma se daba cuenta de los límites del crecimiento, que la Tierra no puede soportar más. Necesita un año y medio para reponer lo que extraemos de ella en un año. Por lo tanto, el crecimiento es hostil a la vida y hiere la resiliencia de la Madre Tierra. Pero no sabemos ni queremos interpretar las señales que ella nos da. Queremos crecer más y más, y consecuentemente consumir sin freno. El informe «Perspectivas Económicas Mundiales» del FMI, prevé para 2012 un crecimiento mundial del 4,3%. Es decir, vamos a sacar más riquezas de la Tierra, desequilibrándola, como demuestra el calentamiento global.

El cáncer del crecimiento
La «Evaluación Sistémica del Milenio» realizada entre 2001 y 2005 por la ONU, al constatar la degradación de los principales factores que sostienen la vida, advirtió: o cambiamos de ruta o hacemos peligrar el futuro de nuestra civilización.

La crisis económico-financiera de 2008, que retornó en el 2011, refuta el mito del crecimiento. Hay una ceguera generalizada, de la que no escapan ni siquiera los 17 premios Nobel de economía, como se vió recientemente en su encuentro del Lago Lindau, en el sur de Alemania. Excepto J. Stiglitz, todos estaban de acuerdo en sostener que el marco teórico de la economía actual no ha tenido ninguna responsabilidad en la crisis actual. Por eso, ingenuamente postularon seguir la misma ruta de crecimiento, con correcciones, sin darse cuenta de que están siendo malos consejeros.

Es importante reconocer un dilema de difícil solución: hay regiones del planeta que necesitan crecer para atender demandas de pobres, obviamente cuidando de la naturaleza y evitando la incorporación de la cultura del consumismo; y otras regiones superdesarrolladas tienen que ser solidarias con las pobres, controlar su crecimiento, tomar solamente lo que es natural y renovable, restaurar lo que han devastado y devolver más de lo que sacaron para que las futuras generaciones también puedan vivir con dignidad junto con la comunidad de vida.

La reducción del crecimiento es una reacción sabia de la propia Tierra que nos envía este recado: "Olviden la idea desaforada del crecimiento, pues éste es como un cáncer que va a corroer todas las fuentes de la vida. Busquen el desarrollo humano de los bienes intangibles, que este sí puede crecer sin límites, como el amor, el cuidado, la solidaridad, la compasión, la creación artística y espiritual".

No creo equivocarme pensando que hay oídos atentos a este mensaje y que haremos la travesía anhelada.
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Energia solar é inviável?

sexta-feira, 22 de junho de 2012



* Por Alú Rochya

Zombando do espírito da sustentabilidade evocado a exaustão na Rio+20, o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Brasil, Altino Ventura Filho, afirmou que “a energia solar ainda não é viável economicamente”. Segundo ele, a resolução aprovada recentemente pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que permite ao consumidor instalar painéis solares em sua residência e descontar a energia produzida por eles na sua conta de luz, não tem condições de estimular a indústria solar no Brasil, “devido ao custo elevado dos equipamentos”.

Durante o seminário “Setor Elétrico Brasileiro e Sustentabilidade”, evento paralelo da Rio+20 o secretário tentou espantar qualquer idéia em torno ao uso da energia solar dizendo que o consumidor que quiser instalar esse tipo de equipamento em sua casa terá um gasto entre R$ 15 mil e R$ 20 mil e sinalizando que “o Brasil tem opções mais baratas do que a energia solar”.

Basado nesse argumento, Ventura Filho aventurou que a resolução da Aneel “não vai trazer indústrias e a tecnologia” para o Brasil. E afirmou que “a viabilidade econômica não se justifica” e que “os brasileiros acabariam sendo meros importadores de painéis solares da China”.

O funcionário escondeu -deliberadamente?- os dados que ele conhece de primeira mão. De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), existem hoje regiões no país em que a energia solar já é economicamente viável e essa constatação está detalhadamente explicada no estudo que este mesmo mês de junho de 2012, a empresa estatal entregou ao Ministério de Minas e Energia ao qual pertence o secretário. 

Uma alternativa em expansão
O crescimento da industria de aquecedores solares nos últimos anos levou o Brasil a ocupar oficialmente o 7º lugar no mundo, logo atrás do Japão, no mais recente ranking mundial elaborado pela Agência Internacional de Energia (AIE). Com crescimento médio anual na casa de dois dígitos – entre 15% e 20% –, a indústria nacional busca avançar mais rapidamente, e saltar dos atuais 8 milhões/m2 de placas solares instaladas para os 15 milhões/m2 por volta de 2015, podendo superar a Alemanha, o terceiro produtor detrás da China e dos Estados Unidos.

Com mais de 200 fábricas espalhadas pelo Brasil, mais de 20.000 funcionários e uns 3.000 revendedores, a tendência é do setor se converter em uma forte industria nacional até com projeção exportadora. Faturando hoje por volta de R$ 500 milhões anuais, a atual produção de 1,2 milhão/m2 pode ser triplicada, simplesmente a partir da adoção de mais turnos de trabalho.

A fabricação e venda de aquecedores solares pegou carona em programas habitacionais do governo federal, como o Minha Casa Minha Vida, mas chegou à posição em que se encontra graças à demanda natural do mercado que registra, aproximadamente, uns 40 milhões de brasileiros que ainda usam o chuveiro elétrico e são potenciais usuários do artefato ecológico.

Longe das afirmações do secretário, a expansão já trouxe do exterior tecnologia avançada. Chegou da mão da empresa alemã Bosch, que acaba de investir pesado no setor, instalando sua fábrica de aquecedores em Alphaville, São Paulo e organizando umas 200 revendas para a comercialização de seus produtos já reconhecidos internacionalmente.


Então? Como entender as declarações de Ventura Filho? Simples. No mesmo lugar e no mesmo evento, ele defendeu ferrenhamente o polêmico projeto da usina hidrelétrica de Belo Monte, em construção no rio Xingu, no Pará. Ele gosta desse tipo de empresas. Por quê? Talvez pelo fato de Ventura Filho ser na atividade privada, consultor de empresas hidrelétricas, talvez por ser um homem de confiança do ministro de Minas e Energia, Edílson Lobão, quem também defende abertamente a opção das hidrelétricas. E, sendo assim, por uma causa ou pela outra, poder-se-ia dizer que Ventura Filho é um lobista. 

O chuveiro, esse vilão
O governo federal calcula que o chuveiro elétrico seja responsável por 47% da demanda de energia residencial no horário de pico, segundo levantamento do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel). Por isso vinha estimulando formas de incentivar energias renováveis, entre elas o aquecimento solar. Mas sempre achando a oposição da turma de Lobão e Ventura Filho, personagens que usam os cargos públicos para proteger interesses privados que obstaculizam a transformação da matriz energética do Brasil para proteger seus esquemas de lucro.

Chuveiro elétrico é a pior de todas as opções. É simples para o construtor, sua instalação é barata, mas tem um impacto muito grande sobre o setor elétrico e sobre os gastos do consumidor. Com potência 20 vezes maior que a de uma geladeira, o chuveiro elétrico é o item que mais pesa no consumo doméstico, podendo representar até 60% da conta de luz de uma família. Isso dá uma dimensão de quanto a busca por alternativas pode impactar no sistema energético do país.

Falar que o custo que teria uma família para fazer uma instalação de energia solar vai de R$ 15 mil a R$ 20 mil é absolutamente desonesto e visa desestimular o uso de essa fonte energética. Claro que, dependendo da sua demanda, você pode estar gastando todo esse dinheiro ou mais ainda. Mas o que o secretário não disse é que um aquecedor solar para substituir o chuveiro elétrico você consegue no mercado a partir de R$ 800. Também omite dizer que para alimentar um computador, um monitor, um roteador e modem, mais um televisor, uma play station e algumas lâmpadas você precisaria de duas placas solares que, já instaladas, custariam uns R$ 2.800,  sendo que, no final, pagará isso tudo em 1 ano e meio com a redução dos gastos na conta de luz. E levando em conta o tempo útil das placas, durante uns 20 anos você não pagará mais um centavo.

Começar a usar alternativas ecológicas como as placas solares ou o aquecedor solar faz parte das mais básicas decisões que debemos adotar para mudar o mundo a partir de nosso mundo particular. Botando um artefato do tipo estamos passando a usar uma energia poderosa, limpíssima, renovável e segura como a energia do Sol. Ao poupar dinheiro estamos disponibilizado ele para a cobertura de outras necessidades pessoais ou familiares sem termos que trabalhar nem produzir mais. Ao reduzir o uso de eletricidade também estamos diminuindo o impacto ambiental que produz a geração dessa energia hoje tão necessária. E, finalmente, aliviamos a nossa incomoda dependência de extensas e complexas redes de fornecimento de eletricidade das quais depende até nosso imprescindível e relaxante banho quente.

Se nossa eletricidade provem de longínquas usinas, sempre ficaremos expostos a decisões alheias respeito à administração do fornecimento (racionalização, cortes programados, preços, etc) e até a qualquer blecaute -mesmo pela simples queda de uma árvore. Em câmbio, a usina de energia solar sempre está em casa, nós somos quem controlamos o fluxo da energia e seu funcionamento é bem simples, como no caso do aquecedor solar que você poderá conferir no seguinte vídeo. Então, deixo com você uma sugestão: mande uma banana para o secretário cara-de-pau e faça amizade com o Sol. Você verá que será tudo de bom.
         

     
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Um índio + 20

terça-feira, 19 de junho de 2012



* Por Alú Rochya
Em um dos shows  que adereçabam a Conferência Rio Eco 92, Caetano Veloso – acompanhado por Milton Nascimento- reapresentou ante um público bem apropriado uma antiga e inquietante música de sua autoria, titulada Um índio. Ela tinha sido gravada em 1977, sendo a quinta faixa do álbum Bicho. Por então, não era umas das músicas mais conhecidas do artista baiano. Mas na Eco 92 a música ecoou na consciência da multidão presente no recital. 20 anos depois Caetano entoou Um índio de novo, esta vez na Rio+20. E assistindo à presença maciça no evento de índios chegados de América, Asia e África, a música parece cobrar o sentido que alguma vez o próprio Caetano lhe deu: uma estranha profecia.   

E claro, ouvindo a letra que logo no início anuncia que um índio descerá de uma estrela colorida e brilhante... e pousará no coração do hemisfério sul, na América, num claro instante, pelo menos uma parte da profecia lanzada ao ar em 1992 parece estar se cumprindo nesta Rio+20. E uma outra parte parece se anunciar misteriosamente nessa descida de tanto cacique, chefe, pajé, bruxo trazendo suas reclamações ambientais e territoriais mas também suas mensagens e rituais sagrados e até hoje ocultos para o grande público, justamente no simbólico ano de 2012, o ano da profecia maia do fim dos tempos.

Um índio + 20 (+100, +200, +300, +1.000)... Centenas de indígenas procedentes de três continentes se reuniram no Rio de Janeiro para acender o "fogo sagrado" que alumiaria os espíritos durante dez dias de atividades paralelas à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20. A cerimônia foi celebrada em uma aldeia chamada Kari-oca, instalada pelos próprios indígenas em uma área florestal no bairro de Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro.

Ativo participante da Cúpula dos Povos, o líder maia Tata Pedro Cruz, procedente da Guatemala, afirmou que o fogo sagrado significa "o espírito de Jau (Deus) que está em cada pessoa" e representa uma "mensagem de amor, de unidade e de irmandade".

O chefe sioux Phil Jane, natural do Canadá, afirmou que "hoje é o dia  em que comeca o cumprimento das profecias" no qual os povos que acreditam na proteção da natureza "vão se levantar com um só coração".

"Quando a última árvore for cortada, quando o último rio for poluído, quando o último peixe for pescado, aí sim vocês verão que dinheiro não se come..." Essa advertência visionária feita pelo grande Chefe Seattle em 1856 é apenas uma amostra de quanto os povos indígenas foram sempre conscientes e protetores da Mãe Terra, reconhecendo, com humildade, o óbvio: que dessa mãe a gente mama e, por tanto, é graças a essa teta que sobrevivemos. Então, preserva-la e cuida-la é um mínimo exércicio de inteligência.

A grande escuridão
Quando, a mais de 500 anos, aqueles apaixonados e aventureiros navegantes ingleses, franceses, holandeses, espanhois e portugueses se encontraram com esse portentoso continente batizado mais tarde como América, tudo corria numa boa por estes vales de Deus. Teto-abrigo-comida  mais  amor-saúde-paz jamais faltavam. Quer dizer, se tinha tudo o necessário para fazer a experiência humana que viemos a realizar no planeta Terra.

Se você pára um pouco para pensar, poderá advertir que, em verdade, não precisamos de mais nada. O resto é invenção humana -como a soja transgénica-, expressões culturais que podem ser cultivadas e experimentadas em tanto não gerem nem o mais mínimo dano a nossa Mamagaia, a nossa teta. Caso contrário colocamos em risco nossa própria sobrevivência. E desse jeito sabotamos nosso próprio plan de aprendizagem, de crescimento, de evolução pessoal. Se temos que correr atrás do mero objetivo de sobreviver, deixamos de ir atrás de nossos sonhos.

Na hora em que aqueles aventureiros navegantes pisaram solo americano se transformaram em conquistadores avassalantes, arrasando com tudo que se interpusesse no seu caminho até El Dorado, um lugar imaginário, uma ilusão de achar o ouro eterno que lhes daria poder eterno e acesso eterno às eternas invenções humanas. O final é conhecido. Jamais acharam o que não existia e o custo da imbécil aventura resultou alto demais.     

Uns 5 milhoes de índios foram dizimados. Toda a organização e cultura nativa, foi devastada. E o sagrado modo de viver harmonizado e em paz com a natureza do planeta e a natureza cósmica foi arrasado.


A maioria daqueles conquistadores faziam parte do lixo humano de uma Europa já em decadência. Ladrões, assasinos, esteloniatários, estupradores. Homens sem Deus, de alma podre fazendo uma vida desacralizada, apostando tudo na salvação da matéria. Frustrados pelo fracasso de não achar o cobiçado ouro decidiram se apropriar das terras alheias. E por esse caminho da roubalheira acabaram construindo uma civilização predadora, cheia de invenções inutéis que até hoje consumimos sem parar, devorando cinícamente os recursos. Uma civilização afastada das leis da natureza -como acontece com a soja transgénica- que destrói a terra colocando em risco nossa elementar sobrevivência.

Na época daquele monumental arrastão que se levou, como um impiedoso furação, o teto-abrigo-comida dos nativos e o amor-saúde-paz das várias tribos, os grandes caciques foram advertidos pelos espíritos das divindades. Uns tempos de grande escuridão estavam começando. Tempos donde o pior do ser humano iria a se revelar. Um ciclo civilizatório estava acabando, alcançando o seu paroxismo.

O fim dos tempos
Mas esses tempos teriam um limite, uns 500 anos. Pois depois de alcançar o apogeu, só restaria a descida. E assim como o momento mais escuro da noite é justo mesmo antes do amanhecer, assim aconteceria com o planeta e com a humanidade. Finalmente, chegariam, como contam as profecias maias, o fim dos tempos escuros.

Um índio + 20 (+100, +1000...) parecem estar saindo da larga noite, e chegando até nós, trazendo o fogo sagrado, a luz de um novo amanhecer. Incas, sioux, iorubás, caiapós, guaraníes, aztecas, terenas, bambaras, mapuches, inuits... Nosso vovôs, voltando do além, trazendo as mensagens de seus manuais estelares para nos ajudar a parir uma nova civilização. Trazendo a mais avançada da mais avançadas das tecnologias que vem embutida na mais avançada das mais avançadas das energias cósmicas que é o amor.

Para os antigos povos andinos o fim dos tempos de escuridão aconteceria com o retorno de seu grande senhor Viracocha. Para os maias seria com a volta de Quetzalcóatl, a Serpente Emplumada. Para outros seria com a volta do Pai Seta Branca, o mesmo que teria inspirado Caetano para anunciar a chegada de um índio que viria a nos revelar algo surpreendente, não por ser exótico, mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto quando, na verdade, terá sido o óbvio: "Quando a última árvore for cortada, quando o último rio for poluído, quando o último peixe for pescado, aí sim vocês verão que dinheiro não se come...".  

O clima que rodeia a Conferência Rio+20 é de muita reclamação. E quase tudo que é cobrado e denunciado faz sentido. A declaração final do evento e os compromissos que adotarão os governos não será tudo aquilo que é necessário para reverter o atual desastre civilizatório. Mesmo assim já será um avanço, uma forma de concientizar o mundo.

E ainda assim, não será o mais saliente e determinante. O mais importante deste evento é que inúmeros grupos das mais variadas cores (índios e não índios) se encontraram em Rio de Janeiro para desvendar as mensagens profundas e ocultas que nos falam da ineludível tarefa de construir um mundo justo, amoroso e belo onde cada um de nós podamos ir trás nossos sonhos como meio de alçancar a cura de nossas almas. Por trás dessas mensagens, poderá haver os mais diversos mensageiros. Mas, entre eles, sempre haverá um índio. 

Cacique Raoni.

Um índio,  na belíssima versão de Milton Nascimento.
Um índio descerá de uma estrela colorida e brilhante
De uma estrela que virá numa velocidade estonteante
E pousará no coração do hemisfério sul, na América, num claro instante

Depois de exterminada a última nação indígena
E o espírito dos pássaros das fontes de água límpida
Mais avançado que a mais avançada das mais avançadas das tecnologias

Virá, impávido que nem Muhammed Ali, virá que eu vi
Apaixonadamente como Peri, virá que eu vi
Tranqüilo e infalível como Bruce Lee, virá que eu vi
O axé do afoxé filhos de Ghandi, virá

Um índio preservado em pleno corpo físico
Em todo sólido, todo gás e todo líquido
Em átomos, palavras, alma, cor, em gesto e cheiro
Em sombra, em luz, em som magnífico

Num ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico
Do objeto, sim, resplandecente descerá o índio
E as coisas que eu sei que ele dirá, fará, não sei dizer
Assim, de um modo explícito

E aquilo que nesse momento se revelará aos povos
Surpreenderá a todos, não por ser exótico
Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
Quando terá sido o óbvio.

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Lâmpadas de garrafas pet

domingo, 17 de junho de 2012


Foi em 2001, com a notícia do risco de um apagão, que o mecânico mineiro Alfredo Moser teve a luminosa ideia: usar garrafas pet cheias d'água para alumiar cômodos escuros durante o dia, sem usar energia elétrica. Cada garrafa é encaixada num buraco no telhado, fazendo com que os raios do bendito Sol se refracionem e se espalhem no ambiente. O resultado é uma iluminação equivalente a uma lâmpada com potência entre entre 40 e 60 watts. Simples e barata, a ideia ultrapassou os limites de Uberaba, cidade onde foi inventada,  e ganhou o mundo, chegando à África e à Ásia.

O acesso à energia é um dos temas que serão debatidos na Rio+20, encontro que, vale a penar lembrar, não tratará apenas questões do meio ambiente. O eixo tem mais a ver com o social, a fome e direitos humanos básicos, num mundo que começa a levar mais a sério o quesito da sustentabilidade. No tema da energia é bom sinalizar que a ONU estima que ainda viva  sem eletricidade um quinto da população mundial. E para essa carência a lâmpada pet pode resultar uma  boa resposta.

Tudo começou quando, em 1975,  Moser trabalhava como mecânico em uma empresa de telecomunicações em Brasília e ficou assustado com a notícia da queda de um avião. “A gente ficava se questionando se acontecesse com a gente, como daríamos sinal para o resgate. Nosso chefe, na época, disse para colocar água num vidro e colocar na direção do sol. O calor colocaria fogo no capim, fazendo sinal”, relembrou.

Com essa "lente improvisada" na cabeça, o mecânico teve a chance de usar a dica na prática, mais de duas décadas depois, quando surgiu o risco de um apagão no Brasil. “Fiquei apavorado com aquela notícia. Daí resolvi usar minha ideia, mas com garrafas de plástico. Adicionei água limpa, duas tampinhas de água sanitária, peguei um pedaço de filme de máquina fotográfica para proteger a tampinha da garrafa do sol, coloquei no telhado, e pronto”, disse.

Segundo o inventor, as lâmpadas são ideais para serem usadas durante o dia nos cômodos menos iluminados. “Em um corredor que é escuro ou um banheiro, nem precisa acender a luz. Acende e apaga sozinha”, disse.

Os vizinhos adotaram a ideia também. Até um supermercado do bairro usa garrafas plásticas para iluminar o ambiente. Além de ajudar o meio ambiente, a iniciativa gera economia para o usuário.



A ideia de Moser foi adotada pela MyShelter Foundation, que ainda este ano pretende chegar à marca de 1 milhão das lâmpadas de Moser instaladas nas Filipinas (foto acima). Somente na capital daquele país, Manila, a organização estima que haja 3 milhões de casas sem energia elétrica.

Por depender da luz solar, o dispositivo não ilumina à noite. Mas para famílias pobres, das quais muitas vivem em favelas em que um barraco está grudado em outro, sem janelas, ter mais luz durante o dia já é de grande ajuda.

Outro lugar distante onde a invenção de Moser está servindo para iluminar casas de famílias carentes é Nairóbi, no Quênia. Em Korogocho, uma região de favela, uma organização está instalando as garrafas desde o ano passado. Foi um morador dessa área, o jovem Matayo Korogocho, quem viu no YouTube um vídeo que mostra a invenção do mecânico mineiro. Ele cresceu numa casa em que não havia dinheiro sequer para comprar querosene para iluminação mas agora todos os cômodos estão iluminados com a lâmpada brasileira.

|Via G1
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