Baixo consumo

Todo fabricante de todo tipo de objeto está o tempo todo pressionando você para lhe enfiar alguma coisa que, a maioria das vezes, você nem precisa. Mas ele não se importa se você precisa, ele só quer é pegar seu dinheiro. Os publicitários, diligentes, fazem sua parte e já nem hesitam em chamar você de idiota caso não compre aquilo ou isto. Pela janela da televisão entram sem pedir licença em sua sala e já chegam aos berros:  Você vai ficar fora dessa?... Você aí, tá esperando o que?...  Você não vai ser louco de perder essa promoção... e por aí vai.  

É assim que hoje no Brasil acabamos de atingir uma marca absurda: temos muito mais celulares e tablets que pessoas. 200 milhões de habitantes contra mais de 270 milhões de aparelinhos. 

Pense bem, antes de se deixar levar pelo forte e quase obsceno apelo publicitário para adquirir novos objetos tecnológicos. Confira direito se você usa plenamente os que já tem em mão e se as novas ofertas acrescentam alguma coisa que seus aparelhos não tenham e que você realmente esteja precisando. Dessa vez pode ser melhor não cair na teia do aparentemente legítimo desejo de comprar a novidade, mas fazer uso racional de tudo que você já possui. 

O resultado será você poupar seu dinheiro, não se endividar e ao mesmo tempo valorizar o que já tem em casa. Parece pouco, mas com o tempo você verá que esse pouco terá dado margem para outras coisas melhores acontecerem em sua vida. 

O mundo precisa, de modo urgente, parar de se consumir a se mesmo. Precisamos consumir com responsabilidade para fazer de nosso planeta um habitat sustentável. E isso é tarefa de todos e cada um de  nós. Seja você mesmo uma pessoa de baixo consumo. q

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