Ser vegetariano é muuuito bom

segunda-feira, 23 de junho de 2014


vantagens de ser vegetariano

O termo vegetarianismo, vem do latim vegetare que significa dar vida ou animar e consiste num regime alimentar no qual não se consome nenhum tipo de carne, quer seja vermelha ou branca, peixe ou marisco. Divide-se em três grupos distintos:

  • O lacto-ovo-vegetarianismo: regime alimentar que exclui a carne e o peixe, mas que permite a ingestão de ovos, de leite e dos seus derivados. É o mais comum, por isso é muitas vezes abreviado para vegetarianismo.
  • O lacto-vegetarianismo: igual ao interior, mas que exclui o consumo de ovos.
  • O vegetarianismo puro, ou veganismo: exclui carne, peixe, ou produtos que impliquem a exploração animal como os ovos, o leite, os seus derivados e o mel. Os veganos não utilizam vestuário de lã ou couro, cosméticos testados em animais e suplementos alimentares com derivados animais.
.Se você não é vegetariano provavelmente se pergunte: então o que comem? Muita gente acha que um vegetariano é apenas um comedor de saladas, né? Desengane-se. Exceto as carnes, a alimentação comum envolve muitos outros alimentos. A maioria dos vegetarianos são gourmets exigentes, que têm prazer em saborear uma refeição, tal como qualquer outra pessoa e que consomem todo tipo de pratos, incluindo sobremesas e doces, desde que não contenham proteínas animais.

Existem vários argumentos a favor do vegetarianismo, como: a preocupação com a saúde humana, a fisiologia digestiva do homem, a preservação do meio ambiente, o respeito pelos animais e a eficiência econômica.

Saúde
No vegetarianismo opta-se por não consumir produtos animais, por motivos éticos filosóficos, ecológicos, ou religiosos. Mas um dos muitos problemas inerentes ao consumo de carne é a sua toxicidade. Quer saber? Os animais podem acumular contaminantes químicos, numa concentração 14 vezes superior a verificada nos alimentos de origem vegetal. Basta lembrar que são alimentados com rações enriquecidas com hormonas e antibióticos.

Outra coisa: ao serem abatidos sob anestesia e em situações de stress, libertam adrenalina em excesso, contaminando ainda mais a carne. Estes aditivos quando em contacto com o nosso organismo, podem originar doenças nos sistemas imunitários e reprodutor.

Povos como os nossos, adeptos de uma dieta rica em produtos animais, são mais susceptíveis de desenvolverem doenças como o câncer de mama, de próstata ou de cólon. E mas ainda: pode verificar-se colesterol elevado, hipertensão, ataques cardíacos, obesidade, osteoporose, artrite, diabetes, asma, pedra nos rins e impotência. Ao contrário, as culturas asiáticas, nas quais a ingestão de carne é mais restrita, apresentam uma menor probabilidade da ocorrência destes problemas.

Fisiologia
Os humanos são omnívoros, podem alimentar-se de todo o tipo de alimentos, mas possuem características digestivas fisiológicas mais próximas dos herbívoros, que dos carnívoros. Exemplo disso é a presença de uma dentição com grande número de dentes incisivos e molares e um tubo digestivo longo, adaptado a digestão de legumes, frutas e cereais e em menor grau a digestão de proteínas animais. Estas tem tendência a acumular-se sob a forma de resíduos tóxicos no intestino, contribuindo para o aparecimento de doenças.

vantagens de ser vegetariano
As espécies carnívoras exibem dentes caninos encurvados e um tubo digestivo curto, no sentido de favorecer a rápida digestão, o processamento e a eliminação da carne antes que ela entre em decomposição no organismo.

Esta vantagem fisiológica confere ao homem o poder de escolha, no que respeita a alimentação. Sabendo que todos os alimentos são potencialmente digeríveis pelo nosso sistema digestivo, resta a cada um de nós escolher o que come de acordo a sua consciência.



Ecologia
Não é preciso ser um especialista para saber que o equilíbrio ecológico do planeta é condição primordial a sobrevivência de todos os seres vivos que nele habitam. Nós, humanos, somos responsáveis pela sua preservação, pois as nossas ações influenciam diretamente este equilíbrio e somos os únicos animais com capacidade intelectual para gerar e administrar esse equilíbrio. Tal responsabilidade, adquire ainda maior relevância se considerarmos que das nossas opções depende não só a nossa sobrevivência, mas também a dos demais sere vivos.

Sabemos que a pecuária, não só a industrial mas também a biológica, é uma das atividades com major impacto no ambiente. Implica consumo de grandes quantidades de água potável, ocupação de vastas áreas de terreno para o cultivo de cereais, gasto de combustíveis fosseis e utilização massiva de pesticidas e drogas. Daqui, resulta a erosão do solo, a escassez e contaminação dos lençóis de água, a destruição das florestas tropicais e a desertificação de extensas áreas da superfície terrestre.

Veja o seguinte dado: na produção de uma dieta carnívora utilizam-se 48.000 litros de água por dia, 2.400 litros diários seriam o suficiente para a produção de uma alimentação vegetariana.

vantagens de ser vegetariano

Passemos agora a um exemplo prático: todos os anos cada vez mais campos de cultivo são instalados em solos inicialmente cobertos por floresta tropical. Ao contrário do que se pode pensar, o constante desflorestamento da Amazônia deve-se sobretudo a criação de campos de cultivo de soja para alimentar gado de países desenvolvidos ou para construir pasto para o gado brasileiro. As madeireiras, a abertura de estradas e a ocupação desordenada, tem apenas papéis secundários nesta destruição.

É de salientar, que a desflorestação implica não só a erosão dos solos (perda de nutrientes e de água) como a diminuição drástica da biodiversidade vegetal e animal. Nessa desnatureza também se inscreve a indústria pesqueira, poluindo rios e oceanos, destruindo sistemas marinhos e eliminando, a uma velocidade alarmante, os estoques marinhos. E tudo isso para os seres humanos possam comer um tipo de alimento que não precisam: carne.

Economia
A opção pelo vegetarianismo também pode ser uma solução para muitos dos problemas econômicos que afetam o planeta Terra, sabia? Estudos brasileiros apontam que em cada segundo, uma área florestal do tamanho de um campo de futebol é utilizada na produção de apenas 257 hamburguers de vaca. Um boi precisa em media 3,5 hectares de terra para produzir 200 kg de carne, num período de quatro a cinco anos. Estima-se que na mesma área seja possível produzir, consoante ao tipo de cultura, cerca de: 19 toneladas de arroz; 32 de soja, 34 de milho, 23 de trigo e 8 de feijão, se pensarmos apenas numa colheita anual, sendo que nesta região são comuns duas a três colheitas por ano. Multiplique agora pelo 4/5 anos que precisa um boi. 

200 kg de carne de um boi dariam de comer uma vez a umas 1.000 pessoas (200 gramas cada pessoa). Já 76 toneladas de arroz (19 x 4 anos) alcançariam para preparar um bem servido prato (125 gramas) para 608.000 pessoas. Se quiser você pode fazer cálculos parecidos com a soja, o trigo, o feijão, etc. Enquanto isso o mundo tem cerca de um bilhão de pessoas famintas.

vegetarianismo para deter a fome no mundo

Se você acrescenta o dado de que os animais consomem ao longo da vida o valor correspondente a quatro vezes a produção mundial de cereais destinada ao consumo humano, você apreciará a enormidade do custo da criação de um animal para satisfazer a barriga de tão pouca gente. Se organizarmos uma dieta, com pratos combinados e variados, e fazemos uma comparação comprovaríamos que, em media, para cada refeição de carne produzida são usados os recursos naturais que poderiam servir para produzir 10 refeições vegetarianas.

Então? Quando a fome no mundo e o aumento da rentabilidade dos recursos terrestres se tomam cada vez mais sérios, a alimentação vegetariana surge como uma dieta rentável que pode contribuir para uma franca melhoria da situação.

Ética
Os animais são seres vivos que têm um sistema nervoso mais ou menos desenvolvido que lhes permite experimentar o sofrimento. São sensíveis e capazes de sentir dor, física ou psicológica. Sendo nós seres sensíveis e interessados em permanecer vivos, em liberdade e sem sofrer, temos de concluir que o mesmo se passa com os animais. Talvez você já experimentou isso todo com algum bicho de estimação. 

Sendo assim, a obrigação ética mais elementar passa por respeitar o seu direito a vida, a existência em liberdade e bem-estar físico, com consequente perpetuação da sua vida. Esta perspectiva moral é a pedra angular do movimento vegetariano e segundo os seus seguidores deveria ser mais do que suficiente para a adoção deste regime alimentar. Mas não é apenas isso, tem muito mais anéis nessa corrente alimentícia que nos mantém reféns de um círculo vicioso que, sem perceber, nos faz mais animais e menos gente.

Aquele que opta pelo vegetarianismo opta também por um princípio natural de não-violência, que visa o respeito por si mesmo, pelo ambiente e pela vida universal. Tal vez seja a hora de começar a experimentar, não acha? q
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