Cidades lentas, vida melhor

terça-feira, 26 de agosto de 2014

  

“Estamos à procura de cidades animadas por pessoas que tiram o tempo para desfrutar de certa qualidade de vida. Cidades nas quais se aprecia a qualidade dos espaços públicos, dos teatros, das lojas, dos cafés, dos albergues, dos prédios históricos e de paisagens não poluídas. Cidades onde o conhecimento artesanal é utilizado cotidianamente e nas quais a lentidão, a passagem das estações se reflita na disponibilidade dos produtos locais conforme a época do ano, cidades onde a alimentação é sadia, onde a maneira de viver é sadia, enfim onde se pode usufruir a vida, temas que devem ser fundamentais no seio da comunidade.”

O parágrafo que antecede pertence ao manifesto do movimento Cittaslow (Cidade Lenta), uma iniciativa que vem se expadindo ano a ano ao redor do mundo, colocando em discussão novos conceitos urbanos. O lema é o elogio à lentidão e em vez de facilitar a rapidez, os intercâmbios estritamente funcionais e muitas vezes mercantis, dá a possibilidade aos habitantes de tomar o tempo de aproveitar sua existência, criar novos espaços propícios às relações humanas, a todo tipo de reflexão e de ação difíceis de realizar rapidamente, na urgência e no stress.

O objetivo deste movimento vasto é de criar uma maior qualidade de vida para todos, de (re)encontrar a ideia do bem-viver.


O manifesto Cidade Lenta tem setenta recomendações e obrigações. Eis as principais:
  • Valorização do patrimônio urbano histórico, evitando a construção de novos prédios.
  • Redução dos consumos energéticos.
  • Promoção das tecnologias ecológicas.
  • Multiplicação dos espaços verdes e espaços de lazer.
  • Limpeza da cidade.
  • Prioridade aos transportes coletivos e outros transportes não poluentes.
  • Diminuição do lixo e desenvolvimento de programas de reciclagem.
  • Multiplicação das zonas reservadas aos pedestres.
  • Desenvolvimento de comércio vicinal.
  • Desenvolvimento de infraestruturas coletivas e equipamentos adaptados aos portadores de deficiência e para todas as faixas etárias.
  • Desenvolvimento de uma verdadeira democracia participativa.
  • Preservação e desenvolvimento dos costumes locais e dos produtos regionais.
  • Exclusão dos O. G. M. (Organismos Geneticamente Modificados)

Os principais aspectos deste manifesto mostram que ele critica de fato a globalização dos intercâmbios que tem contribuído a uma uniformização crescente dos modos de vida e de pensamento pelo mundo inteiro. No entanto, mais além desta constatação e da rejeição às cidades globalizadas, poluídas e que procuram a rapidez a tudo custo, o movimento propõe soluções concretas para instaurar um novo estilo de vida.


Para conseguir isto, o movimento Cidade Lenta baseia-se no nível local. Perante a globalização, os militantes das cidades lentas apostam no desenvolvimento local, seja a nível político através dos municípios, ou a nível econômico mediante acordos que favoreçam os produtos regionais.

Esta ideia baseia-se na vontade de criar maneiras de viver juntos, compartilhar, revitalizar o tecido social perdido em cidades onde os vizinhos não se conhecem e onde as atividades sociais reduzem-se a uma relação quase inevitável com os comerciantes. Este objetivo do movimento Cidade Lenta pretende voltar a encontrar uma identidade própria para a cidade, que possa distinguir-se do exterior e estar reconhecida e apreciada do interior pelos seus próprios moradores.

Concretamente, as cidades que fazem parte do movimento Cidade Lenta promovem a utilização de tecnologias que melhoram a qualidade do meio ambiente e do tecido urbano, assim como a salvaguarda da produção local de alimentos e de vinhos para favorecer a identidade local da região. Além disto, Cidade Lenta procura promover o diálogo e a comunicação entre os produtores e os consumidores. Nesse sentido,  incentiva a produção de alimentos naturais e a utilização de técnicas respeitosas ao meio ambiente.


Alimentação saudável, comer com tempo, de preferência comida caseira -em casa ou então num restaurante tradicional. Conversar e conviver com os amigos. Praticar exercício físico, andar a pé, admirar e proteger o ambiente. Respeitar a cultura e os costumes. Ou seja, ter uma vida calma com base em princípios de qualidade, num mundo cada vez mais veloz e estupidamente exigente. Este é o pressuposto fundamental da filosofia das cidades lentas. Você que acha?...q

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Menos estrelas, mais poluição

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

       
      
Uma pesquisa de cientistas americanos sugere que as luzes fortes de cidades podem piorar a poluição do ar. O estudo da Administração Oceanográfica e Atmosférica dos EUA (NOAA, na sigla em inglês) indica que a claridade que é jogada para o céu interfere com reações químicas. Essas reações normalmente ajudam a limpar o ar da fumaça dos carros e fábricas durante a noite.

O estudo da NOAA foi realizado com a ajuda de uma aeronave que sobrevoou Los Angeles e foi apresentado na reunião da União Americana de Geofísica, em São Francisco, Estados Unidos.

Escapamentos de carros, chaminés de fábricas e outros tipos de emissões formam uma mistura de moléculas que a natureza tenta limpar. Para esta limpeza é usado um óxido de nitrogênio que quebra elementos químicos que, de outra maneira, formariam poluição e ozônio e que transformam o ar da cidade em algo irritante para as vias respiratórias.

A limpeza geralmente ocorre durante as horas de escuridão, pois o óxido de nitrogênio é destruído pela luz do sol, por isso este óxido de nitrogênio aparece apenas durante a noite.

As novas medições do NOAA indicam que a energia de luzes que ficam acesas durante toda a noite nos grandes centros urbanos estão suprimindo o óxido de nitrogênio. As luzes podem ser 10 mil vezes mais fracas do que o Sol, mas o efeito ainda é significativo.

"Nossos primeiros resultados indicam que as luzes podem desacelerar a limpeza noturna em até 7% e elas também podem aumentar em até 5% os (elementos) químicos iniciais para poluição por ozônio no dia seguinte", afirmou Harald Stark, do NOAA, à BBC.

"Precisamos trabalhar mais para quantificar o próximo passo, que será o quanto de ozônio nós podemos ter no dia seguinte. Este trabalho será importante, pois muitas cidades estão perto de seus limites regulatórios em termos de níveis de ozônio. Então, até mesmo uma mudança pequena pode ser importante", acrescentou o cientista.

A maioria das lâmpadas usadas em Los Angeles é de lâmpadas de vapor de sódio ou então halógenas. De acordo com Stark, mudar a iluminação pública para outros tipos de lâmpadas limitariam esse efeito.

Céus escuros é melhor
O óxido de nitrogênio é menos afetado por luz vermelha, mas o cientista duvida que as autoridades municipais queiram iluminar as cidades com luzes vermelhas.

Mas, uma forma de lidar com o problema seria seguir as orientações dos ativistas que fazem campanha por "céus escuros", que afirmam que é melhor manter as luzes apontadas para o chão para evitar que o brilho apague a luz das estrelas.

"Este efeito é mais grave no alto, no ar, do que diretamente no chão. Então, se você conseguir manter a luz apontada para baixo e não a quer refletida nos céus, para partes mais altas da atmosfera, então você certamente terá um efeito muito menor", disse Stark.q
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Una América ambientalista

quinta-feira, 14 de agosto de 2014



Por Lenin Cardozo

Latinoamérica ha sido muy desafortunada copiándose de los modelos políticos de Europa. En definitiva, todo lo que nos copiamos nos sale mal, con tendencia a lo pésimo. Fuimos felices, antes de que llegaran los hombres a caballo al continente. De venerar a la naturaleza pasamos a ser monárquicos. Luego republicanos de a ratos, capitalistas, nacionalistas, socialcristianos, socialdemócratas, socialistas puros, comunistas utópicos o clásicos, imperialistas, anti imperialistas o pro de alguien. De alguna cosa teníamos que ser, nos cuesta mucho ser nosotros mismos.

Y no conformes con los conocidos fracasos de estos enfoques (varios de ellos ya llevan hasta 100 años de “ensayo”), la creatividad nos dio por resurgir muchas de estas arrugadas ideologías, colocándoles como novedad o elemento fashion un rótulo aclarando que ahora son del siglo XXI. Es decir relanzamos la marca.

Los mismos europeos concluyen que el mundo no ha sido mejor en esa supuesta distinción entre derecha e izquierda. El filósofo italiano Norberto Bobbio, ha sido reiterativo al expresar que la vieja izquierda estatal había privilegiado la igualdad (que no consiguió) sobre la libertad (que sí pisoteó). Donde la derecha tradicional ha seguido defendiendo que lo que importa es la libertad (que buscan siempre controlar), pues la igualdad, además de inalcanzable es indeseable, pues cierra el paso a las fuerzas económicas del mercado. Y a su vez, la nueva izquierda ha sostenido la necesidad de combinar libertad con igualdad.

El sociólogo inglés Anthony Giddens también expresa que las ideas de la vieja izquierda son ya obsoletas y que las de la nueva derecha también han fracasado. Aunque sostiene que la división derecha-izquierda es insuficiente porque deja de lado problemas vitales, reconoce que el maniqueísmo se resiste a desaparecer. Tampoco cree que baste apelar a un centro-izquierda para resolver los problemas, pues hay cuestiones que necesitan políticas radicales. Y concluye que el socialismo estatal como el neoliberalismo globalizador han fracasado. En definitiva, este plato de espagueti ideológico sólo lo entienden los europeos.

América, como continente, trae ya en sus genes una cosmovisión ambientalista, que viene de sus ancestros indígenas y que en el siglo XX produce las primeras acciones -interpretadas con valentía- en la defensa de la naturaleza, con el surgimiento de Greenpeace, en Vancouver, al oeste de Canadá. Hippies ecologistas llamaron la atención del mundo al cuestionar con independencia, sin compromisos partidistas ni vinculaciones con las ideologías existentes, las pruebas nucleares en el océano Pacifico. Luego, la intolerancia y el hostigamiento de quienes gobernaban en la época ese país, obligó a la mayoría de sus fundadores a refugiarse en Europa. Era demasiado sospechoso, en plena guerra fría, protestar para defender el planeta.

La propuesta ambientalista no es la tercera vía ni es el nuevo traje de una izquierda o de una derecha que ven disminuídas sus ofertas electorales. Tampoco es una secta o alguna nueva religión. Simplemente es la única vía para valorar la vida. Vivimos nuevas realidades que exigen a gritos nuevas estrategias. Es replantearse un cambio en nuestro contrato social sectario por un contrato natural incluyente. Requerimos códigos de ética globales. Cambiar ese conservador “sentido común”, por un sentido ambientalista.

El ser humano, tiene la capacidad de reinventarse así mismo y el Planeta requiere esa metamorfosis. Ser un ambientalista implica respetar la convivencia entre nosotros mismos, en armonía con todas las especies y proteger nuestro único hábitat, la Tierra. Pero al mismo tiempo es una postura comprometida, firme y activista. Los ambientalistas no actuamos como el avestruz, que ante la incomprensión o el peligro mete su cabeza en un hueco para eludir la realidad.

Protegernos como especie y proteger a la naturaleza, ese es el desafío.q  


*Lenin Cardozo es ingeniero, ambientalista y escritor venezolano, y director ejecutivo de ANCA24 (Agencia de Noticias Ambientales para las Américas).
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