* Por Mariana Colombino
“Pessoas sãs não geram negócios” é apenas uma das frases de
Guylaine Lanctôt em seu polêmico livro A Máfia Médica (1994), que lhe custou a
retirada de seu diploma em medicina. Nele, a ex-médica canadense expõe o complô
formado pelo sistema sanitário e pela indústria farmacêutica, e a errônea
concepção de saúde e enfermidade da sociedade ocidental moderna. Em um mundo
onde o capitalismo e o culto à estética imperam, o ditado “mente sã, corpo são”
fica em segundo plano. Bater cartão em clínicas médicas, sujeitar-se a
tratamentos invasivos, praticar a hipocondria, exercitar-se à exaustão e seguir
uma dieta rica em proteínas constituem a fórmula atualizada do elixir da longa
vida.
Porém, ainda que as grandes marcas fomentem esta realidade e que a maioria das pessoas tenha a concepção errada sobre saúde e felicidade, uma luz no fim do túnel tem ficado mais forte, a ponto de incomodar as grandes organizações de saúde e “bem-estar”, que lucram bilhões com a denominada indústria da doença. Tratar mente, corpo e espírito — o indivíduo em sua totalidade — pode ser mais eficaz que o consumo exagerado de remédios.
Hoje em dia, cada vez mais pessoas se conscientizam da complexidade do corpo humano, e de como a enfermidade nunca se manifesta somente no físico ou apenas na mente. O câncer é um exemplo de que o corpo se fragiliza, após um grande período de sofrimentos, conflitos e frustrações, que transbordam até ferirem o organismo. O inverso também é possível. Males como a depressão e a ansiedade podem culminar em sinais palpáveis como doenças de pele, enxaquecas, úlceras etc. Não é mera coincidência justamente o câncer e a depressão serem conhecidos como as “doenças do século”. No cenário atual, a saúde se tornou tão caótica quanto a vida contemporânea.
Hipócrates, pai da medicina, já dizia bem antes de Cristo que o conhecimento do corpo é impossível sem o conhecimento do homem como um todo. E é seguindo esta ideia que a Medicina Integrativa está disposta a abalar as estruturas ortodoxas.
Um novo conceito de vida saudável
Criada em universidades americanas em meados de 1970, a Medicina Integrativa convida instituições de pesquisas, hospitais, unidades de saúde e consultórios a mudarem o paradigma do tratamento médico. A doença não é mais o foco de estudo, mas o indivíduo em sua totalidade — mente, corpo e espírito. O paciente passa a ser visto como o principal responsável por sua melhora e é conduzido a entender que a cura vem de dentro para fora, e não o contrário. Os remédios, tratamentos e cirurgias são encarados como agentes catalisadores do processo de recuperação do organismo, e não mais os grandes protagonistas da cura.
Porém, ainda que as grandes marcas fomentem esta realidade e que a maioria das pessoas tenha a concepção errada sobre saúde e felicidade, uma luz no fim do túnel tem ficado mais forte, a ponto de incomodar as grandes organizações de saúde e “bem-estar”, que lucram bilhões com a denominada indústria da doença. Tratar mente, corpo e espírito — o indivíduo em sua totalidade — pode ser mais eficaz que o consumo exagerado de remédios.
Hoje em dia, cada vez mais pessoas se conscientizam da complexidade do corpo humano, e de como a enfermidade nunca se manifesta somente no físico ou apenas na mente. O câncer é um exemplo de que o corpo se fragiliza, após um grande período de sofrimentos, conflitos e frustrações, que transbordam até ferirem o organismo. O inverso também é possível. Males como a depressão e a ansiedade podem culminar em sinais palpáveis como doenças de pele, enxaquecas, úlceras etc. Não é mera coincidência justamente o câncer e a depressão serem conhecidos como as “doenças do século”. No cenário atual, a saúde se tornou tão caótica quanto a vida contemporânea.
Hipócrates, pai da medicina, já dizia bem antes de Cristo que o conhecimento do corpo é impossível sem o conhecimento do homem como um todo. E é seguindo esta ideia que a Medicina Integrativa está disposta a abalar as estruturas ortodoxas.
Um novo conceito de vida saudável
Criada em universidades americanas em meados de 1970, a Medicina Integrativa convida instituições de pesquisas, hospitais, unidades de saúde e consultórios a mudarem o paradigma do tratamento médico. A doença não é mais o foco de estudo, mas o indivíduo em sua totalidade — mente, corpo e espírito. O paciente passa a ser visto como o principal responsável por sua melhora e é conduzido a entender que a cura vem de dentro para fora, e não o contrário. Os remédios, tratamentos e cirurgias são encarados como agentes catalisadores do processo de recuperação do organismo, e não mais os grandes protagonistas da cura.
Para os convencionais, é importante destacar que a Medicina
Integrativa não vem para substituir a Medicina Convencional, mas para criar
novas possibilidades de tratamento, tanto para quem está sofrendo com uma
doença, quanto para quem tenta mantê-la à distância. Uma vez que a Medicina
Convencional está vinculada aos interesses do mercado, não é lucrativo que
sejam oferecidas todas as respostas para os problemas do ser humano. Afinal, a
saúde intacta faz com que as pessoas deixem de comprar medicamentos.
As reais intenções da indústria farmacêutica são uma incógnita. Logo, limitar-se à prescrição de remédios talvez signifique limitar a cura do paciente. A saúde é o bem mais valioso do ser humano, e não um negócio.
Mas, como o capitalismo e a busca incessante pelo poder ainda falam mais alto, cabe a cada um de nós deixar o ceticismo e os preconceitos de lado, e adotar o caminho da consciência, do autoconhecimento, do bem-estar e felicidade. O destino dessa caminhada é, com certeza, transformador.
As reais intenções da indústria farmacêutica são uma incógnita. Logo, limitar-se à prescrição de remédios talvez signifique limitar a cura do paciente. A saúde é o bem mais valioso do ser humano, e não um negócio.
Mas, como o capitalismo e a busca incessante pelo poder ainda falam mais alto, cabe a cada um de nós deixar o ceticismo e os preconceitos de lado, e adotar o caminho da consciência, do autoconhecimento, do bem-estar e felicidade. O destino dessa caminhada é, com certeza, transformador.
O mercado integrativo no mundo
No Brasil, instituições renomadas de saúde e pesquisa
científica, como os hospitais Albert Einstein e Sírio-Libanês, também já se
mostram adeptos das novas abordagens terapêuticas e do fortalecimento na
relação entre pacientes e profissionais da saúde. Por isso, não estranhe se
você entrar em algum deles e se deparar com placas indicando setores de yoga,
acupuntura, reiki e hipnose. A busca e necessidade dessa nova abordagem é tão
grande que o Albert Einstein abriu o primeiro curso de pós-graduação em
Medicina Integrativa do país.
Nos EUA, o congressista democrata Tim Ryan foi tão tocado
pela meditação que se transformou em um ativista da Medicina Integrativa. Ele
patrocinou um projeto de lei para aumentar a prática da Medicina Holística em
algumas escolas, o que já trouxe efeitos positivos nas salas de aula: as
crianças aprenderam a neutralizar explosões emocionais e problemas
comportamentais, a respirar fundo e a terem uma vida mais balanceada.
Neste processo de entendimento que a saúde pode se
estabelecer na harmonia interna do ser humano, a busca pelo simples e natural
ganha força. O chá da vovó para indigestão, o escalda-pés para resfriados, o
banho de assento para vários males, a energia dos cristais para renovação da
energia. Ações simples e muitas vezes baratas, que nos conectam com nossos
ancestrais e com a natureza.
Marcas e instituições de pesquisa mais open-minded percebem
o movimento integrativo e apostam neste nicho. Primeira Folha e Sacerdotisa,
figuras carimbadas de pequenas feiras paulistanas, têm produtos interessantes
para cuidar da alma, flertando com sabedoria popular e superstição. Em São
Paulo, a Aromaflora disponibiliza cursos de Aromaterapia e Joel Aleixo ensina
Terapia Floral para interessados. Além disso, todos os dias novos espaços de
yoga, meditação, nutrição ayurvédica e terapias alternativas abrem suas portas.
O processo mais artesanal e humano destas pequenas marcas, o
controle do processo produtivo e a criatividade são diferenciais que vão na
contramão da frieza calculista do mercado que enxerga a doença como dinheiro. A
hipocondria generalizada imposta por este sistema cruel também pode ser um tipo
de consumismo.
Da próxima vez que você tiver uma dorzinha de cabeça boba,
tente um chá e um tempo de silêncio em vez de apelar para a aspirina.
Investigar, associar alternativas e manter-se aberto a novas possibilidades são
formas de exercitar uma vida mais consciente.
* Mariana Colombino é redatora e roteirista publicitária mas decidiu usar seu dom da escrita para um bem
maior: o despertar da sociedade.
|| Via Ponto Eletrônico
|| mais informação
|| Via Ponto Eletrônico
________________________________________________________________________________________
|| mais informação
0 COMENTÁRIOS :
Postar um comentário